Startups são empresas inovadoras, muitas vezes criadas por empreendedores que buscam solucionar problemas do mercado com ideias disruptivas. Visando facilitar a formalização dessas empresas e estimular seu desenvolvimento, o governo brasileiro criou o Simples Nacional.

Trata-se de  um regime tributário simplificado que unifica o pagamento de impostos e contribuições federais, estaduais e municipais em uma única guia. No entanto, mesmo com as facilidades do regime, a tributação pode ser um desafio para startups, devido ao caráter escalável destas empresas.

Ao transitar rapidamente por diferentes margens de faturamento, a contabilidade para estes negócios requer uma atenção especial para as práticas tributárias estarem sempre conforme o perfil do negócio. 

Neste artigo, proponho abordarmos as principais questões relacionadas à tributação do Simples Nacional para startups e como elas podem aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo regime.

Como funciona o Simples Nacional para startups?

O Simples Nacional é um regime tributário simplificado criado pelo governo brasileiro em 2006. Ele unifica o pagamento de oito impostos e contribuições federais, estaduais e municipais em uma única guia, com alíquotas reduzidas e faixas de faturamento anual.

As startups também podem se enquadrar no Simples Nacional, ao cumprirem alguns critérios estabelecidos pela legislação. Entre eles, estão:

  • Faturamento anual de até R$ 4,8 milhões;
  • Não ter participação em outra empresa como sócio ou titular;
  • Não exercer atividades não permitidas pelo Simples Nacional;
  • Não ter mais de 10% do faturamento bruto proveniente de exportações diretas ou indiretas;
  • Não ter dívidas com o INSS ou com a Receita Federal;
  • Não ter débitos em aberto com órgãos municipais, estaduais ou federais.

Além disso, é importante lembrar que as startups devem estar formalmente constituídas como empresa, possuir um CNPJ válido e atender às obrigações fiscais e contábeis exigidas pelo regime tributário escolhido. 

O enquadramento no Simples Nacional pode trazer diversas vantagens para as startups, como a redução da carga tributária e a simplificação do processo de pagamento de impostos e contribuições.

Quais os desafios da tributação do Simples Nacional para startups?

Apesar das vantagens, a tributação do Simples Nacional para Startups pode se tornar um desafio, principalmente para aquelas que estão em fase de crescimento acelerado. Entre os aspectos mais complexos da gestão tributária em startups enquadradas no Simples nacional, estão: 

Enquadramento adequado

As startups devem se certificar de que estão enquadradas corretamente no Simples Nacional e de que se encaixam nas categorias estabelecidas pelo regime. Escolher a categoria errada pode resultar em multas e penalidades.

Limites de faturamento

O Simples Nacional possui limites de faturamento anual que as startups devem respeitar. Caso o faturamento exceda o limite estabelecido, a empresa pode ser desenquadrada do Simples Nacional e obrigada a migrar para outro regime tributário, geralmente mais complexo e oneroso.

Variação de alíquotas

As alíquotas do Simples Nacional variam conforme a atividade exercida pela empresa e seu faturamento. As startups devem estar atentas às mudanças nas alíquotas e ajustar suas obrigações tributárias conforme necessário.

Diferente de modelos tradicionais, startups são caracterizadas pela rápida expansão em faturamento, bem como de seu leque de atividades, demandando uma atenção estratégica da gestão contábil neste sentido.

Mudanças na legislação

A legislação tributária brasileira é complexa e está em constante mudança. As startups precisam acompanhar as alterações na legislação para garantir que estejam cumprindo todas as suas obrigações fiscais.

Obrigações acessórias

Embora o Simples Nacional simplifique a tributação, as startups ainda devem cumprir uma série de obrigações acessórias, como emissão de notas fiscais e preenchimento de declarações. Manter o controle dessas obrigações pode ser desafiador, especialmente para empresas em fase inicial.

Alguns dos principais aspectos a set atentar sobre as obrigações acessórias de uma startup, são: 

  • Registro e manutenção atualizada do Livro Caixa;
  • Elaboração e envio da Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS);
  • Envio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP);
  • Registro e controle de estoque;
  • Apuração e pagamento dos impostos sobre a folha de pagamento.

A esta altura, o empreendedor pode se perguntar “quais as estratégias para reduzir estes desafios da tributação do Simples Nacional” e prosperar com sua startup, se beneficiando das oportunidades tributárias do Simples, não é mesmo? Confira, agora são efetivas neste sentido.

Como aproveitar as oportunidades do Simples Nacional para startups?

Gerir os desafios do Simples Nacional para startups exige uma série de estratégias eficazes que auxiliem na conformidade tributária e no crescimento sustentável do negócio. 

Com as tomadas de decisão certas, o empreendedor consegue trabalhar na área tributária da empresa para acompanhar o crescimento do negócio, à medida que a empresa se torna mais abrangente em termos de atividades e amplia sua geração de receita.

Confira agora, as estratégias mais eficientes nesse sentido para lidar com Simples Nacional para Startups.

Monitorar constantemente o faturamento

As startups devem acompanhar de perto o faturamento para evitar ultrapassar os limites estabelecidos pelo Simples Nacional, o que pode resultar em desenquadramento do regime e a necessidade de migrar para um sistema tributário mais complexo.

Invista em tecnologia e automação

Utilizar sistemas de gestão financeira e contábil pode facilitar a gestão de tributação do Simples Nacional para startup, automatizando o controle das obrigações tributárias e acessórias, automatizando processos e reduzindo a possibilidade de erros humanos.

Esteja atento às mudanças na legislação

Acompanhar as alterações na legislação tributária é crucial para manter a conformidade com as normas fiscais. As startups devem se manter informadas sobre as mudanças e adaptar suas estratégias de negócio conforme necessário.

Planejamento tributário

Um planejamento tributário eficaz é essencial para que as startups possam identificar oportunidades de redução de custos e otimizar a carga tributária.

Esse planejamento deve ser revisto periodicamente para garantir que a empresa esteja aproveitando ao máximo os benefícios oferecidos pelo Simples Nacional.

Atenção aos benefícios fiscais 

As startups devem estar atentas aos programas de incentivo fiscais para o setor porque eles podem trazer diversas vantagens financeiras e tributárias, além de fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo e da inovação.

Alguns exemplos de programas de incentivo fiscais para startups incluem:

  • Lei do Bem é um programa de incentivo fiscal que oferece benefícios tributários para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D). As empresas que aderem ao programa podem obter reduções ou isenções de impostos, como o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
  • Incentivos fiscais estaduais: alguns estados brasileiros oferecem programas de incentivo fiscal para empresas de tecnologia e startups, como a isenção de ICMS para a importação de bens de capital e a redução da carga tributária para empresas que geram empregos e investem em P & D;
  • Regime Especial de Tributação para Startups (RET-Startup): trata-se de um modelo tributário especial para startups que faturam até R$ 4,8 milhões por ano. O programa oferece alíquotas reduzidas de impostos e simplifica a gestão tributária para as empresas.

Ao implementar essas estratégias, as startups poderão enfrentar os desafios do Simples Nacional e oportunizar um crescimento sustentável e conforme as obrigações fiscais.

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