Entenda os impactos contábeis e fiscais dessa mudança e como preparar sua empresa para a transição com planejamento estratégico e conformidade tributária.

A Reforma Tributária, aprovada em 2023, marca o início de uma das maiores transformações do sistema fiscal brasileiro. A partir de 2026, o país começa a implementar o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirão tributos antigos e simplificarão a tributação sobre o consumo.

Essa mudança promete reduzir burocracias e aumentar a transparência, mas também exigirá das empresas adaptação contábil, revisão de processos e planejamento estratégico antecipado.


O que são IBS e CBS e por que foram criados

A criação do IBS e da CBS faz parte da proposta de unificação e simplificação dos tributos incidentes sobre bens e serviços.

  • O IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) irá substituir o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), unificando as cobranças em um imposto único de competência compartilhada entre estados e municípios.
  • A CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), por sua vez, substituirá PIS e Cofins, tributos federais que hoje geram complexidade e alto custo de conformidade para as empresas.

O objetivo é criar um sistema mais simples, neutro e transparente, baseado no princípio do valor agregado — ou seja, as empresas pagarão impostos apenas sobre o que de fato adicionarem em cada etapa da cadeia de produção.


Principais impactos para as empresas

A transição para o novo modelo tributário trará reflexos significativos para a gestão contábil e fiscal. Entre os principais pontos de atenção estão:

  • Mudanças nas regras de crédito e débito tributário: será preciso revisar o aproveitamento de créditos e evitar inconsistências entre sistemas antigos e novos.
  • Adaptação de sistemas e softwares contábeis (ERP): empresas precisarão atualizar suas ferramentas para atender às novas exigências legais.
  • Revisão de contratos e precificação: com a nova lógica de tributação, será necessário reavaliar margens e repassar custos de forma correta.
  • Transição gradual: entre 2026 e 2033, os tributos atuais coexistirão com IBS e CBS, exigindo atenção redobrada na apuração e escrituração.
  • Ajustes em notas fiscais e obrigações acessórias: mudanças nos layouts e novas formas de declaração exigirão adequação dos processos internos.

Esses ajustes não se limitam à área fiscal — eles afetam também a gestão financeira, o fluxo de caixa e a competitividade das empresas.


Como se preparar para a transição

Antecipar-se é a melhor estratégia. A preparação para o IBS e a CBS deve começar ainda em 2025, com medidas práticas como:

  • Realizar um diagnóstico tributário e contábil detalhado, mapeando riscos e oportunidades de economia fiscal;
  • Simular o impacto do novo modelo na carga tributária, considerando margens, setores e regimes de enquadramento;
  • Atualizar sistemas e processos internos, garantindo integração entre áreas contábil, fiscal e financeira;
  • Capacitar a equipe, para lidar com as novas regras de apuração e escrituração;
  • Contar com o suporte de uma consultoria contábil especializada, que auxilie na adequação e garanta conformidade em todas as etapas da transição.

Empresas que se prepararem com antecedência estarão mais protegidas contra riscos e poderão aproveitar o novo modelo como uma oportunidade de otimização fiscal e de gestão.


Conclusão

A chegada do IBS e da CBS representa um marco na modernização do sistema tributário brasileiro. Embora a transição demande ajustes e investimentos, os benefícios de longo prazo — como simplificação, previsibilidade e transparência — serão significativos.

A Moro Contabilidade e Consultoria apoia empresas em todas as fases desse processo, oferecendo análises personalizadas, simulações tributárias e planejamento fiscal estratégico.

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